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Guerra na Ucrânia
Hiroshima 80 anos depois. Guerras na Ucrânia e no Médio Oriente fazem ignorar "tragédias da história"
Oito décadas depois, a nova corrida às armas foi lembrada na cerimónia realizada esta quarta-feira no Japão para assinalar o ataque com bomba atómica que precipitou o fim da Segunda Guerra Mundial.
Fotos: AFP
Na sequência dessa pressão, "os decisores políticos de alguns países atá aceitam a ideia de que 'as armas nuclares são essenciais para a defesa nacional", apontou Kazumi Matsui, considerando que "estes desenvolvimentos ignoram de forma flagrante as lições que a comunidade internacional devia ter aprendido das tragédias da história".
Depois do minuto de silêncio iniciado por um bater de sinos às 8h15 na hora local (que foi quando a bomba atingiu Hiroshima), o discurso de Matsui trouxe também apelos para um "consenso na sociedade civil de que as armas nucleares devem ser abolidas para um mundo genuinamente pacífico", apostando nos jovens e nos líderes das gerações futuras.
No Parque Memorial da Paz, uma chama estava acesa, com a esperança de um futuro sem armas nucleares que se repete ano após ano. Por mais sinais que digam o contrário, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, deixou esse apelo.
"Comprometo-me a trabalhar com todas as minhas forças por um mundo sem guerras e armas nucleares, bem como pela paz eterna", afirmou.
Em Hiroshima, cerca de 140 mil pessoas morreram na sequência do ataque, e três dias depois outras 74 mil pessoas tiveram o mesmo destino, depois do lançamento da bomba atómica de Nagasaki.
Cerca de 120 países estiveram representados, incluindo comitivas da Bielorússia, Taiwan e Palestina.